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Mensalinho de Maracaju pode virar em “Pizza”

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8 Vereadores de Maracaju no estado do Mato Grosso do Sul envolvidos em organização criminosa que desviou mais de 23 milhões dos cofres públicos poderão voltar aos seus cargos no dia 20 de abril. No dia 7 de dezembro de 2022 a polícia civil Dracco do Estado do Mato Grosso do Sul, deflagrou um esquema criminoso no qual 8 vereadores da cidade recebiam mensalinho para ocultar desvios milionários dos cofres público além de votar em projetos favorável ao ex prefeito de Maracaju.

Segundo as publicações das mídias locais havia até planilhas no qual demostravam os valores pagos aos vereadores que variavam de 2 a 44 mil reais mensais para ocultar e beneficiar a ex-gestão pública. Segundo informações somente um clamor popular da sociedade Maracajuense poderá afastar definitivamente os envolvidos no esquema criminoso.

Vereadores confessaram em seus termos de declarações feitas ao DRACCO, o envolvimento com o esquema e como tudo era feito.

O pagamento da propina aos 11 dos 13 vereadores de Maracaju era feito por meio de cheque nominal, conforme investigação do DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). O valor mensal repassado pela suposta organização criminosa, variava de R$ 2.350 a R$ 44 mil, conforme a “Operação Mensalinho”, denominação da 3ª fase da Dark Money, deflagrada no dia 8 de dezembro de 2022.

O caminho da propina está sendo desvendado pela equipe comandada pela a delegada Ana Cláudia Medina, que ainda segue analisando os documentos e computadores apreendidos no mês passado.

O excelentíssimo juiz Raul Ignatius Nogueira, da 2ª Vara Criminal de Maracaju, determinou o afastamento de 11 vereadores por 30 dias. O prazo vence no domingo (8), mas três parlamentares teriam obtido liminar no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para retornar à função antes do prazo.

Eles são acusados de receber R$ 1.374.000,00 (um milhão e trezentos e setenta e quatro mil reais) em propina da conta clandestina, para desviar o dinheiro do município. A conta teria sangrado cerca de R$ 23 milhões dos cofres municipais.

A certeza da impunidade era tanta que o pagamento da suposta propina era feito em cheque nominal ao vereador. Presidente da Câmara Municipal na época, Hélio Albarello, recebia R$ 44 mil por mês. O dinheiro era repassado em cheque e também por meio da empresa JP Comércio e Construção.

O vereador Ludimar Portela, o Nego do Povo, ganhava R$ 10 mil por mês, conforme documento que “O Jacaré” obteve com exclusividade e foi confirmado por pessoas com conhecimento do caso.

O terceiro maior valor era pago ao vereador Robert Ziemann, que era o atual presidente da Câmara Municipal. O tucano ganhava R$ 7,5 mil por mês. Antônio João Marçal de Souza, o Nenê da Vista Alegre, ficava com R$ 7,3 mil.

Jefferson Lopes recebia R$ 5,4 mil por mês. Outros três parlamentares – Professor Dada, Laudo Sorrilha e Vergílio da Banca – ficavam com R$ 3 mil cada. E Tonton Pradence faturava R$ 2.350. O valor de Ilson Portela, o Catito, não aparece, porque segundo informações, ele recebia através de intermediários.

Cheques tinham como emitentes a empresa “Pré-Moldados Maracaju EIRELI e em nome de Edmilson A. Fernandes” todos vindos de contas no banco SICOOB. Lâminas de cheques eram nominadas aos vereadores benefeciados ou aos seus laranjas.

Maracaju: Propina foi paga em cheque nominal e em dinheiro vivo, houve vereador que recebeu a quantia de R$ 44 mil reais

Veja mais: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2021/09/22/ex-prefeito-de-maracaju-maurilio-azambuja-e-procurado-por-suspeita-de-participacao-em-esquema-que-desviou-r-23-milhoes-do-municipio.ghtml

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