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Presos pela PF no escândalo do Porto de Santos, Temer e Rossi, pai de Baleia Rossi articulam votos nos bastidores para câmara

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Mesmo sob a vigilância e investigados pela Polícia Federal, o ex-presidente Temer mais o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, pai do deputado federal Baleia Rossi, líder do MDB e candidato a presidente da Câmara dos Deputados articulam de Santos e Ribeirão Preto votos para o filho e afilhado de Michel Temer.

A prisão temporária foi decidida na época pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito das investigações do inquérito do Porto de Santos. Além dele, também foram presas outras quatro pessoas, entre elas o empresário José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer e próprio Temer.

 Wagner Rossi, pai de Baleia Rossi foi levado na época para a sede da PF em Ribeirão Preto, onde foi interrogado por duas horas. Em seguida, ele foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi submetido a exame de corpo de delito antes de ser transferido para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.  Em entrevista à EPTV, Wagner Rossi afirmou que respondeu a 64 perguntas relativas ao decreto do Porto de Santos. 

O ex-ministro foi citado na delação premiada do empresário Joesley Batista.  De acordo com o executivo do Grupo JBS, Wagner Rossi,  que presidiu a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) entre abril de 1999 e novembro de 2000, afirmou que era afilhado político de Michel Temer e operava com ele no Porto de Santos.

O empresário disse que Wagner  Rossi recebeu “mensalinho” de R$ 100 mil,  por um ano, a pedido do presidente presidente Michel Temer (PMDB). Segundo o delator, foi o ex-ministro da Agricultura que, em 2010, o apresentou a Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados.  

As denúncias contra Rossi constam no anexo 9 da delação premiada da JBS, que foi tornada pública em 18 de maio de 2017 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). À época, o ex-ministro negou as acusações. Ele afirmou que conheceu Joesley Batista no período em que foi ministro.  

“Era um grande empresário do setor, de trato cordial, que demonstrou interesse em conhecer o então deputado Michel Temer, presidente do meu partido. Não vi problema nisso. É importante ressaltar, aliás, que o próprio texto da delação não diz que eu tenha participado de reunião para tratar de qualquer ilícito”, informou por meio de nota à época. 

Rossi informou ainda que Logo após deixar o ministério, foi procurado por Joesley que lhe fez uma proposta para  trabalhar com ele. “Nessa oportunidade, agradeci o convite e declinei, pois estava cumprindo quarentena.  Depois do prazo legal, prestei por alguns meses colaboração remunerada a uma das empresas do Grupo JBS, assim como fazem diversos outros profissionais que deixam cargos no governo e reingressam na iniciativa privada.  Encerrei minha atividade pública e estou aposentado há quase seis anos”, concluiu.  

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