Fábio Trad some do Twitter, rede que usava para destilar todo seu ódio pelo presidente Bolsonaro
Faz 50 dias que o deputado federal Fábio Trad (PSD) não posta comentários em sua conta pessoal no Twitter. O parlamentar utilizava a rede para atacar duramente o presidente Jair Bolsonaro (PL).
O último comentário no Twitter foi em 10 de julho, ao se referir à morte de um petista, em Foz do Iguaçu, que trocou tiros com um bolsonarista.
“Uma tragédia que põe em xeque o futuro da nossa democracia. Uma vida roubada pelo ódio político. Exige-se que o Estado brasileiro intervenha para evitar que se proliferem cemitérios de mortes políticas, já que se dependermos do governo, mais tiros serão disparados”, atacou.
Antes disso, Trad “tuitava” quase todos os dias. Agradava aos partidários da esquerda e irritava os de Bolsonaro. A cada postagem, travava duros debates contra os seguidores do presidente. Em comentário na própria rede, em fevereiro deste ano, Fábio classificou o Bolsonarismo de doença: “Conclusão: bolsonarismo é uma patologia”.
Candidato à reeleição, Fábio Trad deve ter sentido a forte rejeição ao seu nome pelo eleitorado sul-mato-grossense, onde a maioria apoia o governo do presidente Bolsonaro.
Sem os bolsonaristas, o irmão mais novo dos Trad pode não conseguir votos suficientes para se reeleger, uma vez que a legenda do PSD para deputado federal não dispõe de puxadores de votos.
Além da rejeição do eleitor bolsonarista, a candidatura de Fábio tem sofrido resistência em razão das acusações de crimes sexuais contra seu irmão, o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad.
Candidato ao governo do Estado, Marquinhos é acusado de assédio, importunação, estupro, tentativa de estupro e incentivo à prostituição, uma vez que o então chefe do poder Executivo trocava cargos na prefeitura por sexo, segundo as denunciantes.
Há relatos de mulheres que tiveram relações sexuais com Trad no banheiro do gabinete da prefeitura, hoje ocupado pela prefeita Adriane Lopes (Patriota). O ex-prefeito nega e acusa adversários de “armação”.
