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Depois de ser “escanteado” pelo Bolsonaro, deputado Catan está no olho do furacão por chamar o presidente da República de “ladrão”

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O deputado estadual João Henrique Catan (PL) acabou não sendo referendado como o candidato à Prefeitura de Campo Grande pelo ex-presidente Bolsonaro. O “pseudo bolsonarista” é filho de chefe que comandava o império de máquinas caça-níqueis e neto de ex-governador de MS, Marcelo Miranda, que já foi condenado também por corrupção no DNIT.

No ano de 2022, o inquérito da Polícia Federal apontou que o pai de Catan, o advogado João Alex Monteiro Catan comandava o império de máquinas caças-níqueis no MS. O esquema foi todo exposto pela PF, até mesmo o apelido do pai de Catan, conhecido como “Johnny”. Agora ficou feio para o deputado estadual João Henrique Catan que acabou sendo reeleito com o discurso de combate a corrupção.

Em outra parte do processo, mostra que o pai de Catan, se aliou a outros dois investigados para formar um grupo independente para nadar de braçada na exploração do jogo de azar. Diálogos foram interceptados pela PF, onde a operação denominada Xeque Mate criou corpo em 2007, após denúncias. As organizações criminosas foram interceptadas por telefone e apreensão de documentos.

O pai do deputado tinha em seu grupo alguns policiais envolvidos. Além dos crimes de corrupção, o pai de João Henrique Catan também é indiciado por improbidade administrativa. O pai de Catan recorreu em instâncias superiores, mas a decisão não foi revertida, da mesma maneira que a “pseudo” candidatura de Cantan não será referendada por Bolsonaro.

Caso Lula

A Justiça Federal enviou ao TJ/MS a denúncia contra o deputado estadual João Henrique Catan (PL) por calúnia e difamação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Catan disse, nas redes sociais, que Lula é “bandido” e comandou os atos de destruição das sedes dos Três Poderes em Brasília (DF). Conforme a denúncia do Ministério Público Federal, as publicações do deputado foram feitas no Instagram, no dia 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto e causaram prejuízos de mais de R$ 20 milhões. 

O deputado “propalou ofensa injuriosa ao chamar e adjetivar o ofendido (Lula) publicamente de ‘bandido’”, relata o MPF, que trata o 8 de janeiro como “verdadeiro ataque às instituições democráticas brasileiras”. 

No dia dos atos de vandalismo, Catan publicou conteúdo em que apontou o presidente Lula como o chefe da invasão do Congresso Nacional. “Imputando ao ofendido, portanto, fato certo e determinado, que configura crimes da mais alta gravidade, por terem sido cometidos em prejuízo do próprio Estado Democrático de Direito”, diz o Ministério Público.

A reportagem entrou contato com o deputado mas não teve retorno.

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