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PF nas ruas: Operação prende integrantes do CV que lavam dinheiro em lojas de roupas e imóveis em Campo Grande e MT

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A organização criminosa desbaratada pela Operação Parasita, desencadeada nesta sexta-feira (5) em Mato Grosso e mais três estados, usava imóveis e lojas de venda de roupas para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

A informação foi confirmada durante entrevista coletiva de representantes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que realizou a operação.  

A Ficco é uma força-tarefa de cooperação técnica e operacional coordenada em pela Polícia Federal e Polícia Civil, com participação da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Sistema Penitenciário.

Dos 21 mandados de prisões, oito deles tiveram como alvo criminosos que já estão detidos em unidades do Sistema Penitenciário de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco.

O grupo liderado pelo presidiário Luciano Mariano da Silva, o “Marreta”, que está na Penitenciária Central do Estado, atuava também com a venda de drogas em municípios das regiões Sul, Norte e Médio Norte mato-grossense, como Barra do Bugres, Alto Paraguai, Jaciara, Nova Olímpia, Feliz Natal e Nova Mutum.

Nestas cidades, qualquer traficante que pretendesse comercializar entorpecentes deveria ser previamente autorizado pelos líderes, sendo obrigado a adquirir a droga diretamente do grupo. 

Todas as ordens judiciais da Operação Parasita foram deferidas pela 7a Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, que tem atuação em ações referentes ao crime organizado.

Controle contábil

A partir de uma penitenciária em Pernambuco, um dos integrantes do grupo criminoso fazia todo o controle contábil do que era arrecadado com a venda de entorpecentes, assim como dos investimentos a serem feitos.

Imóveis foram adquiridos no interior de Mato Grosso e em Campo Grande (MS) assim como lojas abertas, principalmente, de vendas de roupas para lavar o dinheiro da organização. No levantamento das informações sobre a atuação da quadrilha, a força-tarefa constatou que havia empresa que existia apenas no papel.

A investigação apurou ainda que a organização movimentou, entre 2018 e o ano passado, valores em torno de R$ 18 milhões.

As transferências realizadas pelos criminosos eram realizadas utilizando a técnica conhecida como ‘smurfing’, que consiste no fracionamento do dinheiro em pequenas quantias para não chamar a atenção e escapar do controle administrativo das instituições financeiras.

Nenhum dos investigados possui rendimentos lícitos conhecidos que possam justificar os altos valores movimentados, sendo que alguns deles, inclusive, recebiam benefício assistencial do governo.

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