Bomba: Deputado João Henrique Catan defendeu empresa que roubou os aposentados brasileiros
O deputado João Henrique Miranda Soares Catan (PL) já defendeu empresa alvo da Polícia Federal por receber dinheiro furtado de aposentados do INSS. A firma envolvida em um grande esquema recebeu R$ 16 milhões de uma associação, conforme relatório da investigação.
Vídeo de sessão da Assembleia Legislativa mostra João Henrique fazendo acusações à diretoria da Cassems, sugerindo maus-feitos no plano de saúde dos servidores estaduais. Miranda chegou a ser repreendido pelos colegas da Casa, que alegam fake News e ataques baixos. Mas continuou.
Na gravação o deputado bolsonarista elogia, com ênfase, a empresa atualmente investigada, que é a Prevident Assistência Odontológica S.A.
”Hoje, a Previdente, que é uma empresa séria… tem mais de 37 anos no mercado… 20 mil dentistas…cancelou contrato com outra empresa e suspendeu os atendimentos porque não recebia os repasses’’, alegou João Henrique na gravação.
A empresa da qual o deputado Catan se mostrava fã faz parte do grupo THG (Total Health Group), comandado por Maurício Camisotti. E, segundo a investigação da Polícia Federal, o empresário comandava, indiretamente, três entidades que juntas foram responsáveis pelo maior desconto de aposentados ao longo do ano passado.
As três associações juntas respondem por 17,3% dos descontos estimados de 2024, somando R$ 456,5 milhões. Assim, superaram a campeã oficial em descontos, que é a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), com R$ 435 milhões tomados dos aposentados no ano passado.
Os elogios de Catan à Prevident ocorreram sete meses depois de o site de notícias Metrópoles ter iniciado uma série de denúncias sobre descontos irregulares de aposentados e que acabaram levando a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal a desencadearem a operação Sem Desconto. As reportagens já citavam o envolvimento dos proprietários da Prevident no esquema.
João Henrique ainda atacou sem provas a diretoria da Cassems, plano de saúde dos servidores públicos, sugerindo irregularidades e “desmandos”. A reação da Casa foi imediata: colegas o repreenderam e acusaram o parlamentar de disseminar fake news e praticar ataques levianos.
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