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Marcos Derzi presidente da Funtrab que foi exonerado da Sudeco por denúncia de estelionato não consegue alavancar o MS-CRÉDITO

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Empresários que foram prejudicados pela pandemia mundial estão reclamando pela morosidade e burocracia do programa MS-CRÉDITO do governo de MS comandado por Marcos Derzi presidente da Funtrab.

Programa +Crédito MS passa a emprestar até R$ 33 mil a microempreendedores

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), ampliou R$ 30 mil para R$ 33 mil o limite a ser emprestado por meio do programa de microcrédito +Crédito MS. O faturamento-bruto máximo anual dos beneficiários do programa também passou de R$ 360 mil para R$ 400 mil por ano.  

Decreto publicado na edição desta quinta-feira (6) do Diário Oficial de Mato Grosso do Sul ainda atualiza as taxas de juros remuneratórios para os empréstimos.  

Se para o ano de 2021 a taxa de juros para os micro-empréstimos havia sido fixada em 6% ao ano. Agora ela corresponderá a uma combinação entre a taxa Selic do Banco Central (atualmente em 9,25%) vigente na data da contratação, com uma taxa de juros prefixada em 12% ao ano.  

Cabe lembrar que estes juros continuam sendo subsidiados pelo Fundo Estadual do Microcrédito (FEM). Aos beneficiários cabe a obrigação de pagar em dia suas operações de crédito, sendo que juros de mora e multa, assim como as taxas administrativas das instituições financeiras continuam sendo pagas pelos favorecidos nas operações financeiras.  

As demais regras permanecem: o parcelamento pode ser feito em até 24 meses (incluindo a carência de seis meses).

Como participar?

Interessados no programa podem se inscrever por meio do aplicativo da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab): “MS Contrata+ para Trabalhadores”. O download do aplicativo pode ser feito em celulares Android e iOS.

A avaliação dos cadastros será feita pela Funtrab. Aquelas que atenderem às regras serão encaminhadas às instituições financeiras, que fará análise final da proposta para depois formalizar o contrato.  

Podem participar do programa pessoas físicas ou jurídicas que moram em Mato Grosso do Sul e realizem quaisquer atividades econômicas, caracterizadas em seis categorias: I – pessoas físicas empreendedoras ou que pretendam empreender; II – microempreendedores individuais; III – micro e pequenos empreendedores; IV – microempresas; V – microempreendedores informais, que se obriguem a regularizar seu empreendimento, conforme regulamento a ser adotado pela Funtrab; e VI – produtores rurais familiares.

Pessoas físicas e jurídicas que já sejam beneficiárias de outras linhas de crédito ofertadas pelo Estado ou de auxílios financeiros de garantia de renda instituídos pelo Estado não poderão participar do programa.

Derzi é Irmão da ex-secretária municipal da Mulher na gestão de Gilmar Olarte (https://www.campograndenews.com.br/politica/gilmar-olarte-e-preso-para-cumprir-pena-de-8-anos-por-lavagem-de-dinheiro) Liz Derzi. Marcos Derzi foi nomeado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), além de ser indicado por Pedro Chaves, o empresário teve o aval do ex-deputado Carlos Marun (MDB) e “capacho” de Temer preso pelo Juíz Federal Marcelo Bretas (https://veja.abril.com.br/politica/lava-jato-michel-temer-foi-preso-por-crimes-cometidos-a-vida-inteira/)

Motivo da exoneração do Governo federal

Derzi tinha no currículo a boate sertaneja Woods, que faliu em Campo Grande. Conforme ação na Justiça do empresário Robson Luís Faria Furlan, ele e o outro sócio na boate, Thiago Nunes Cance pegaram R$ 160 mil para reformar a casa de shows entre dezembro de 2013 e junho de 2014. No entanto, a dupla não fez a obra nem devolveu o dinheiro.

A gota d’água para a demissão de Marcos Henrique Derzi teria sido boletim de ocorrência registrado no início do mês de junho de 2019 na Polícia Civil. Um arquiteto de 30 anos denunciou que emprestou R$ 30 mil para um assessor e pegou um cheque do superintendente da Sudeco como garantia.

No entanto, ao descontar o cheque no dia 3 de maio deste ano, conforme o combinado, o profissional descobriu que Derzi alegou fraude, de forma “dolosa” conforme a vítima, e suspendeu o pagamento do cheque. O arquiteto registrou queixa por estelionato e o caso chegou ao conhecimento do Governo federal.

Pesou na exoneração do cargo de superintendente a falta de respaldo político. Derzi era apadrinhado por Pedro Chaves, que nem disputou a reeleição de senador após herdar o mandato de Delcídio do Amaral.

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